ARCA
Quintas 23H sessão contínua
Diariamente: 3 notas interrompem a emissão com várias ocorrências e abrem uma arca sem fundo
— uma nave que percorre as latitudes criativas locais e desafia todos os silêncios
Em parceria com Matéria Prima
Repositório de arquivos musicais e sonoros inexplorados, gravações esquecidas ou inéditos desconhecidos que captam o pulsar e a efervescência criativa da cidade.
PÓLEN
Durante toda a emissão com interrupções para a ARCA e as rubricas
—sonda sonora da cidade
Sonoridades compostas a partir de gravações de campo captadas nas estações e no seu entorno. Neste arranque, as composições sonoras são desenvolvidas por Samuel Martins Coelho e Nuno Preto—colectivo Espaço Invisível, estando na forja colaborações com outros coletivos e artistas sonoros.
RELATÓRIO PERIÓDICO
Todas as Segundas 23H + Quintas 16H (repetição)
— incidências arquivísticas na Fonoteca Municipal do Porto
De Armando Sousa
Em parceria com a Fonoteca Municipal do Porto
Uma seleção musical que acompanha a catalogação do arquivo sonoro da cidade em vinil. Os “glitches” diários de um processo em curso neste arquivo que configura uma relação material com o disco— o tempo de pôr a agulha, ouvir, tirar a agulha, virar o disco, guardar.
COLAPSO
Todas as Sextas 23H + Segundas 16H (repetição)
—colagem ou colisão de elementos sonoros que despoletam imagens, ou que partem de imagens para depois as implodir
De Tomás Cunha Ferreira e Domenico Lancellotti
Um movimento constante entre construção e destruição, sendo uma a outra, trocando as voltas que o mundo dá, chegando até a natureza interior. A rádio trabalha com construção visual, através de som, ruído, voz, música, e outros padrões subterrâneos. Pinturas e fotografias contêm som. Outras possibilidades e desdobramentos serão articuladas, entretanto, o programa parte de fora para dentro e do interior para lá do ser. Com ritmos, leituras, entrevistas, ideias, transes. Derrocada das estruturas. Sempre em circuito aberto.
ESTAÇÃO SONOPLASMÁTICA
Todos os Sábados 23H + Terças 16H (repetição)
— vinda do apocalipse invasor de campos eletromagnéticos modernos
De Ruca Bourbon
Devaneios sonoros apresentados em formato ‘programa de rádio’ onde serão usados meios de transmissão contemporâneos e antigos, analógicos e digitais para mostrar raridades do futuro, arquivos perdidos do passado, apropriações ilícitas, desconstrução de discursos, instrumentos musicais experimentais, audio-colagens, versões obscuras, técnicas de desorientação, plunderphonics, cut up, mensagens subliminares…
FIM DE EMISSÃO
Diariamente 1H—9H
Com transmissão diária em horário noturno, convidamos mensalmente artistas sonoros a desenvolver composições generativas originais de longa duração.
—SL-XP6 de Francisco Antão
Na mesa de operação encontram-se:
a) um leitor de CD portátil Technics SL-XP6 – interpretador óptico;
b) vários CD-R – data codificada numa superfície; interpretada e reproduzida por a);
Procedimento:
1) Um ficheiro áudio (00:30:00) é gravado num primeiro CD – este actua como paciente zero.
2) Submete-se o paciente zero a um conjunto de intervenções cirúrgicas – uma sequência de
incisões realizadas na superfície óptica do CD;
3) O CD cicatrizado, ao ser reproduzido, provoca uma série de anomalias temporais.
Obs. A reprodução do áudio deixa de ser linear – não opera numa linha cronológica e é aqui
dilatada para um total de 02:00:00;
4) O resultado desta operação é gravado no CD seguinte – outro paciente a ser submetido ao
mesmo tipo de cirurgia.
As deformações introduzidas tornam-se consequentes para a próxima geração de pacientes.
Ou seja, existe uma degradação gradual do áudio uma vez que cada geração herda os
artefactos introduzidos pelas anomalias da geração anterior – em semelhança a uma doença
degenerativa.
Este procedimento põe em prática uma função de deterioração recursiva, repetida ao longo
de várias iterações até completar o total de 08:00:00 da peça.
(*outras sugestões)
(1969) I am sitting in a Room – Alvin Lucier
(1997) Solo For Wounded CD – Yasunao ToneFrancisco Antão (n. 1994; tipo de sangue: O-)
Ex-patologista forense, tendo substituído a mesa de dissecação pela mesa de mistura.
Produtor musical, dedica-se ao tráfico e disseminação de codecs de áudio. Sofre de bruxismo
crónico nos tempos livres
INVENTÁRIO
Domingos 16H + Quartas 10H (repetição)
—inventário oral das ruas e dos edifícios da cidade
De Luís Aguiar Branco
Criações sonoras Colectivo Espaço Invisível
Deambulações pela alma da cidade com primeiras paragem nas praças da cidade, tradicionais lugares de encontro.
O MUNDO É UM VAMPIRO
— dissonâncias românticas
A estrear!
CONFABULAÇÕES
5 abril—16 maio 2021. Rubrica terminada e disponível no Arquivo da Rádio Estação
—conta-contos, uma fábula para filhos e outra para pais
De Marta Bernardes
Criações sonoras Vasco Carvalho e Bernardo Bourbon
Um programa onde a composição sonora e a palavra encantatória se misturam, recuperando o sentido literário da fábula, do texto mágico e da narração. Fábulas que unem gerações e geografias, os mais arcaicos modos de entender o mundo aos modos tantos da infância, modos que dotam de sentido fantástico o pensamento filosófico mais erudito, tanto como as formas de contar mais populares.Em cada noite um antes-de-dormir para os filhos e para os pais. Uma viagem pelos reinos imensos e irmãos de Ouvir e Confabular.
RÁDIO EM ABISMO
A estrear!
TRABALHAR CANSA
De 1 de Maio a 31 de Outubro. Rubrica terminada e disponível no Arquivo da Rádio Estação.
—um programa para escutar o mundo do trabalho na cidade do Porto
De Bruno Monteiro
Criações Sonoras de Pedro Tudela
Trabalho de Voz de Nuno Preto
Ouvi com pasmo! Para ressuscitar o passado do Porto, vamos insuflar de novo vida nas palavras depositadas nos registos do mundo do trabalho. O programa Trabalhar Cansa serve como sonda acústica para sentir a pulsação da história que ainda hoje bate na cidade.
Fascículos
Diariamente 12H + 22H (repetição)
Dia após dia, trazemos de novo à vida os testemunhos do passado.
Encadernação
Sábados 16H
Bruno Monteiro compila e comenta os últimos fascículos.
À conversa…
Mensalmente— Último domingo do mês 11H
Bruno Monteiro e um convidado.
DIÁRIO DA PESTE
2 fevereiro—30 de abril 2021. Rubrica terminada e disponível no Arquivo da Rádio Estação
—escrito ao ritmo de um isolamento, que é o isolamento de todos
Leituras por Nuno Preto e Marta Bernardes
Gonçalo M. Tavares, escritor em residência do MdC, começou um Diário da Peste, criado e partilhado ao ritmo que a epidemia se espalhava pelo mundo.
RÁDIO NÓMADA
Periodicidade variável
O modo nómada ativa-se quando a Rádio Estação ganha frequência hertziana e o seu estúdio de emissão ocupa localizações temporárias no território da cidade, desenvolvendo programas de proximidade com o tecido social e cultural local.
Edições anteriores:
FEIRA DO LIVRO PORTO 2022 — Imaginar
FEIRA DO LIVRO DO PORTO 2021 — Herborizar
BIBLIOTECA POPULAR DE PEDRO IVO— uma pequena biblioteca sonora ao ar livre
FEIRA DO LIVRO DO PORTO 2020— Alegria para o fim do mundo