EXPOSIÇÕES

O Museu do Porto apresenta nos seus espaços exposições temporárias e de longa duração.

O Reservatório reúne artefactos, vestígios e fragmentos encontrados em escavações arqueológicas ou recolhidos de edifícios e monumentos da cidade, e que integram as coleções municipais.

Legado, na Casa Marta Ortigão Sampaio, apresenta obras do naturalismo português de Silva Porto, Carlos Reis, Malhoa, Roque Gameiro, entre outros, e um significativo acervo de pinturas, desenhos e fotografias de Aurélia de Souza, uma das mais singulares artistas portuguesas do seu tempo. Entre as coleções apresentadas, podemos encontrar também uma importante coleção de joias de uso pessoal, peças de mobiliário de influência francesa, inglesa e indo-portuguesa e outras peças de artes decorativas.

Na Casa do Infante, o espaço museológico integra o centro interpretativo que dá a conhecer o Infante D. Henrique, percorrendo a sua iconografia até à contemporaneidade. Num segundo circuito de visita exibem-se vestígios da ocupação da Época Romana, constituída por construções dos séculos IV e V com pavimentos de mosaico, da Alfândega Régia, criada por D. Afonso IV em 1325, e da Casa da Moeda, que iniciou o seu funcionamento em 1369.

As exposições temporárias apresentam-se nos diferentes gabinetes da rede do Museu do Porto.

TEMPORÁRIAS

FEV

PROFESSOR MÁGICO — TRIBUTO A EURICO AUGUSTO CEBOLO

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Eurico Augusto Cebolo, s/d. Edição de Autor — Musicarte, 1997

A nova exposição no Gabinete Gráfico, em colaboração com Francisco José Viegas, é a primeira mostra dedicada ao compositor Eurico Augusto Cebolo (Coleja 1938 – Porto 2021), figura incontornável da cultura popular portuguesa da segunda metade do século XX. Músico, compositor, pedagogo e escritor, Cebolo deixa um singular legado musical, literário e pedagógico consubstanciado em livros para o ensino de música e romances de cordel. Foi também o fundador da loja e editora Musicarte, situada no n.º 80 da Rua da Boavista (Porto) que, até 2011, publicou 61 livros, dos quais 51 manuais dedicados ao ensino da música e 10 romances. «Professor Mágico – Tributo a Eurico Augusto Cebolo» funciona como um set onde se revelam objetos íntimos, registos fotográficos e documentais, livros, desenhos, instrumentos… em suma, toda a mitologia pessoal do autor. A exposição aborda com humor e energia a força de um criador que compreendeu em absoluto as regras da criação musical e da convivência humana.

 

 

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DEZ

70 ANOS TEP — UM ARQUIVO VIVO

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Fotografia TEP

É impossível escrever a história do teatro em Portugal sem olhar atentamente o TEP – Teatro Experimental do Porto, a mais antiga companhia de teatro profissional de Portugal. Nascido em 1951 de um desejo de renovação da cena portuguesa, o TEP fez subir ao palco grandes dramaturgos nacionais e estrangeiros, clássicos e de vanguarda. Foi, desde o início, um espaço de afirmação da encenação moderna em Portugal e também de experimentação de novas linguagens ao nível da cenografia e da iluminação. O TEP foi igualmente uma escola de representação – daqui saíram atores como Dalila Rocha, João Guedes ou Mário Jacques – e um lugar onde artistas/intelectuais multifacetados e carismáticos como António Pedro – diretor da companhia entre 1953 e 1962 – ou Ernesto de Sousa tiveram oportunidade de criar e pôr em prática as suas ideias.
Os motivos para a comemoração do 70.º aniversário do Teatro Experimental do Porto são, por isso, múltiplos, estendendo-se ao longo de um período temporal relativamente alargado.
O nascimento desta estrutura de criação teatral vê-se alicerçado numa vontade de mudança, preconizada pela candidatura à Presidência da República de José Norton de Matos, em 1949, e que motivou o surgimento de vários movimentos de resistência política (e cultural), na cidade do Porto (e não só). Em termos formais, o percurso do CCT-TEP inicia-se com a assinatura da Ata de Fundação, a 21/2/1951. Porém, em termos práticos, a estreia dos primeiros espetáculos da companhia, terá apenas lugar a 18/6/1953, no Teatro Sá da Bandeira; data cujo 70.º aniversário se assinalou no ano de 2023.

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OUT

APAGAR A LINHA: ENTRE TERRA E ÁGUA

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João Pereira, «Linha, equinócio da primavera de 2022 no Cabedelo do Douro». Arquivo IPM

O contorno da margem de um rio, a linha de horizonte, a linha do «copo meio cheio», são invenções. Os oceanos tocam-se, numa massa contínua, bem como os rios, os ribeiros e assim sucessivamente até ao interior da terra. Não existindo linhas, como podemos delimitar territórios? Ou, por outras palavras, se tudo está ligado, se tudo se move constantemente e nos surge com diferentes graus de invisibilidade, qual será a sua geografia pertinente? Depois, existem ainda as muitas águas: a doce e a salgada; a água para beber, para regar, para limpar; a que serve de meio de transporte e de casa para tantas formas de vida; ou a que é devastadora. Arriscamos, por isso, uma abordagem radical, escolhendo um só lugar, o Cabedelo do Douro, para nele tentar encontrar muitas destas questões e as muitas linhas (ou manchas, ou cores) que permitem representá-las e que se ligam a tantos outros lugares e seres.

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SET

EUGÉNIO DE ANDRADE, A ARTE DOS VERSOS NO FUNDÃO

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O Museu e Bibliotecas do Porto juntam-se à Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade para homenagear o seu poeta e o centenário do seu nascimento com a exposição 𝑬𝒖𝒈𝒆́𝒏𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝒏𝒅𝒓𝒂𝒅𝒆: 𝑨 𝑨𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒐𝒔 𝑽𝒆𝒓𝒔𝒐𝒔 𝒏𝒐 𝑭𝒖𝒏𝒅𝒂̃𝒐. O poeta nasceu na Póvoa de Atalaia, aldeia do Fundão, mas fez do Porto a sua casa. Manuscritos, datiloscritos, cadernos, livros, fotografias e outros objetos artísticos e pessoais, doados ao Município do Porto e à guarda da sua Biblioteca Pública, em São Lázaro, juntam-se agora a tantos outros do acervo do Município do Fundão, na Biblioteca que toma o seu nome, para esta segunda montagem da 𝐴𝑟𝑡𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑉𝑒𝑟𝑠𝑜𝑠.

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AGO

PINA GERMANO

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Germano Silva e Manuel António Pina, s.d.

A partir de memórias, epístolas, fotografias e outros documentos, mapeamos e contamos uma amizade da vida portuense, mais forte que a fraternidade: a amizade que uniu Manuel António Pina e Germano Silva, companheiros de armas feitas de palavras, numa ligação partilhada à cidade.

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AGO

A URGÊNCIA DA CIDADE — O PORTO E 100 ANOS DE FERNANDO TÁVORA

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A Urgência da Cidade: o Porto e 100 anos de Fernando Távora visa a história da cidade, o lugar e a iconografia do poder municipal, mas também a sua reencarnação contemporânea, que evoca a arquitetura moderna e erudita do seu autor, no dealbar do século XXI. Um projeto e obra profundamente simbólicos, inseparáveis da cultura universalista, do interesse pela História e da personalidade vanguardista do seu Arquiteto.

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JUN

PARA AURÉLIA: DESENHOS DE FUGA

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O Museu do Porto desafia duas artistas da cidade – Ana Allen e Jiôn Kiim – a abrir, de modo inédito, os dois cadernos de Aurélia de Sousa, ligando memória e futuro, criando a partir desse material outros possíveis, de inspiração telúrica e exótica.

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MAI

ViViFiCAR

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Alexandre Delmar, "Concerto em 13 Chamamentos", 2022. Video still

Abraçando as ideias de «viver» e «ficar», ViViFiCAR procura respostas criativas para o desafio da fixação populacional em quatro municípios de baixa densidade no Douro, baseadas na construção de diálogos com as comunidades e no aprofundamento de perspetivas sobre os contextos socioeconómicos, ecológicos e culturais dos territórios em questão. ViViFiCAR é um projeto imersivo e transdisciplinar que se articula entre a fotografia, os novos media e a arquitetura para promover encontros entre artistas durienses, nacionais e noruegueses com as comunidades locais, a partir de estratégias participativas de criação e exposição de obras de arte community-specific.

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MAI

DEEP BLUE

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Helena Uambembe, "Here Lies the Unknown", 2018

Deep Blue é uma exposição coletiva que resulta da colaboração estabelecida entre a Bienal Fotografia do Porto e o Museu do Porto, onde se explora questões de identidade, memória e ecologia. Os artistas evocam simbolismos políticos e reflexões espirituais, explorando questões em torno de sistemas de conhecimento e espiritualidade não-Ocidental. Como premissa para futuros transformadores, regenerativos e empáticos, esta exposição apresenta reinterpretações do passado a partir de um espaço de cura, abordando questões seculares significativas.

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MAI

DELÍRIO & CURA

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Mr. Esgar. Etcetra, 2022

Esta exposição apresenta uma amostra do portefólio de Mr. Esgar, o alter ego de Arnaldo Pedro, ou ainda de Esgar Acelerado, designer, ilustrador e professor de artes. É, atualmente, um dos ilustradores mais respeitados na cena urbana artística underground portuense.
Desde os finais de 1980 que Mr. Esgar tem construído um imaginário de referência subversivo e alternativo na cena artística e musical da cidade do Porto.

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ABR

PARQUE DA CIDADE: COMPOSIÇÃO DA PAISAGEM

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Parque da Cidade. Fotografia de Duarte Belo

A exposição Parque da Cidade: Composição da Paisagem da autoria de Sidónio Pardal versa sobre a estética da conceção e construção desta obra de arquitetura paisagista e sobre a experiência da sua fruição por todos os que a visitam. Neste exercício, o Museu do Porto desafiou o autor Álvaro Domingues a trazer as suas reflexões sobre o parque e sobre os documentos históricos que registam as ideias e o trabalho que decorre ao longo de mais de um século. Com paisagem sonora de Pedro André, a exposição também apresenta fotografias de Duarte Belo, ilustrações de James DeTuerk e a visão cinematográfica de André Tentúgal, realizador portuense, sobre o Parque da Cidade. Com este momento, o Museu do Porto assinala uma obra de arquitetura paisagista com 30 anos: um dos maiores parques urbanos da Europa, já indissociável da identidade da cidade.

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ABR

SALA DE FUMO

01

Tiago Madaleno, «Nuvens de Fumo» (2022 - 2023). Grafite, caneta vermelha e azul sobre papel

Sala de Fumo é uma exposição da autoria de Tiago Madaleno que nos apresenta um exercício narrativo em torno do artista alemão Kurt Schwitters (1887-1948). Um ensaio que remonta a episódios passados no seu exílio durante a Segunda Guerra Mundial: primeiro na Noruega, onde pintou paisagens que vendia aos turistas, depois em Inglaterra, no Hutchinson Camp (Isle of Man), onde se refugiou na memória dessas paisagens norueguesas perdidas.

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JAN

EUGÉNIO DE ANDRADE, A ARTE DOS VERSOS

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Eugénio de Andrade, Porto 1964, Impressão fotográfica sobre papel, 7,1 x 9,5 cm, Museu da Cidade | Coleção Casa Eugénio de Andrade

O Museu da Cidade do Porto homenageia Eugénio de Andrade, assinalando o centenário do seu nascimento com uma exposição na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, tendo por ponto de partida o espólio manuscrito, fotográfico e editorial cedido em 2020 ao Município do Porto.
Nascido a 19 de janeiro de 1923 no Fundão, a sua obra poética atravessa mais de cinquenta anos de atividade criadora, com tradução para inúmeras línguas e vários prémios que o consagram. Morreu a 13 de junho de 2005 no Porto, cidade que o acolheu em mais de metade da sua vida.
Com esta exposição iniciamos um amplo programa que se dedica à celebração da vida e obra do autor.

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Gabinete do Tempo inaugura “Do Medalheiro Allen ao Gabinete de Numismática”

© António Alves

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ENTRE NÓS de Francisco Janes

Francisco Janes, still do filme "Dias Luz", 2021

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LONGA DURAÇÃO

JAN

Banco de Materiais

01

© António Alves

O Banco de Materiais é um projeto municipal pioneiro a nível nacional e premiado em 2009 e 2013. Aberto ao público desde 2010, promove a salvaguarda dos materiais caracterizadores da imagem da cidade, recolhendo-os de edifícios degradados, a demolir ou a alterar, com a finalidade de serem mais tarde devolvidos à cidade.

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JAN

Legado de Marta Ortigão Sampaio

01

© António Alves

Numa atmosfera evocativa do ambiente que rodeou a vida desta família da burguesia portuense, a exposição permanente da Casa Marta Ortigão Sampaio apresenta coleções de pintura, joias, peças de mobiliário de influência francesa, inglesa e indo-portuguesa, outras peças de artes decorativas e uma biblioteca especializada em livros de arte.

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JAN

O Infante D. Henrique e os novos mundos

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Casa do Infante © António Alves

Monumento nacional desde 1924, a Casa do Infante é sede do Arquivo Histórico do município e integra o centro interpretativo que dá a conhecer o Infante D. Henrique, percorrendo a sua iconografia até à contemporaneidade e revisitando os principais marcos da Expansão portuguesa, da perspetiva da cidade do Porto.

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JUL

Reservatório

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© Porto.

O Reservatório reúne e apresenta artefactos, vestígios e fragmentos encontrados em escavações ou recolhidos de edifícios e monumentos da cidade, e que integram as coleções municipais. Numa viagem pelo espaço e pela história, são refletidas zonas do território onde campanhas de escavação, ocorridas ao longo dos séculos XX e XXI, revelaram formas de povoamento de várias épocas e todo o tipo de vestígios materiais, que permitem uma leitura da transformação do território que, hoje, acolhe a cidade. Este antigo reservatório de água é, simultaneamente, um museu e uma reserva onde se guardam/conservam vestígios arqueológicos.

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ABR

METAMORFOSES: IMANÊNCIA VEGETAL, MINERAL E ANIMAL NO ESPAÇO DOMÉSTICO ROMÂNTICO

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Leque comemorativo do Rei D. Pedro IV, China, 1822-1831. 33,30 x 57,50 cm. Acervo Museu do Porto | Museu Romântico

O Porto, cidade tantas vezes pioneira em múltiplos campos do conhecimento e do empreendedorismo, viu ser criado, em 1850, o primeiro museu público em Portugal, o Museu Municipal do Porto, que teve origem no Museu Allen, aberto em 1837. Colecionador portuense, João Allen reuniu e exibiu uma profusa coleção, bem exemplificativa do interesse emergente no século XIX em torno de esferas do conhecimento muito diversas.

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