Para escolas

O Museu do Porto apresenta uma programação anual de mediação e educação dedicada a escolas e grupos que inclui visitas, oficinas e projetos continuados em todos os espaços da rede. Todos estes programas são ajustáveis aos interesses e necessidades de cada grupo. Já os Caminhos do Romântico convidam a descobrir o Vale de Massarelos através de quatro percursos pedonais: Natureza, Água, Indústria e Personalidade Carlos Alberto.

Anualmente desenvolvem-se quatro projetos continuados por cada nível de ensino:

“A NATUREZA NAS TUAS MÃOS” dirige-se a grupos da educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico. É um projeto em torno do tema da natureza, nas suas diversas dimensões: o que a natureza nos dá, o que a natureza nos pede. Pretende-se levar as crianças a conhecer a natureza e a desenvolver uma relação de respeito, responsabilidade, cuidado, mas também de admiração, curiosidade com ela, levando-as a treinar a observação e contemplação, descobrindo a dimensão estética da natureza. Pretende-se ainda trabalhar a relação com a natureza, usando e sujando as mãos.

No programa de educação patrimonial “PORTO PATRIMÓNIO MUNDIAL” procura-se sensibilizar as crianças e os jovens do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, através de uma abordagem interdisciplinar, para a salvaguarda do Património; promover o conhecimento dos bens culturais e naturais de valor universal inscritos na lista do património mundial da UNESCO, em particular o Centro Histórico do Porto; fomentar atitudes de cidadania que contribuem para a salvaguarda e para o respeito pelo Património.

“LIVRE CONSCIÊNCIA DE SI” consiste num ciclo de 8 encontros de periodicidade quinzenal, pensado para grupos do ensino secundário e formação técnico-profissional, para práticas e conversas em torno de uma seleção de obras do acervo do Museu do Porto. Procura exercitar tanto o conhecimento histórico como a sensibilidade estética e plástica das obras e das narrativas criadas em torno delas. Serão tratadas questões como: o retrato, a representação e a autorrepresentação; as histórias que os objetos contam; o espaço doméstico e o espaço do museu; o papel do homem e o papel da mulher na sociedade, na arte e na cultura. Metade das sessões será na escola e a outra metade será na Casa Marta Ortigão Sampaio.

Dirigido a grupos de formação técnico-profissional e formação de adultos, “SOMOS NATUREZA” é um projeto que treina a observação, reflexão, sentido crítico e criativo, a partir da relação Homem – Natureza. Procura desenvolver nos participantes uma consciência ecológica e uma relação de respeito e responsabilidade para com a Natureza, mas também de admiração, curiosidade, imaginação, levando cada um a treinar a observação e descobrir a dimensão estética e sublime da natureza.

 

CAMINHOS DO ROMÂNTICO

Os Caminhos do Romântico convidam a descobrir o Vale de Massarelos através de quatro percursos pedonais: Natureza, Água, Indústria e Personalidade Carlos Alberto. A participação (mínimo de 5 pessoas) é gratuita, mediante marcação prévia e têm a duração aproximada de 2h.

 

“PERCURSO DA NATUREZA”
Início do percurso: Entrada principal dos Jardins do Palácio de Cristal | Fim do percurso: Jardins da Casa Tait
Distância percorrida: 1,5 km

Este percurso convida à observação de uma grande variedade de espécies nativas e exóticas escolhidas pelos horticultores e jardineiros paisagistas do século XIX. Muitas histórias serão partilhadas por entre jardins formais e bosques, fazendo dos três espaços do percurso (jardins do Palácio de Cristal, jardins da Quinta da Macieirinha – Museu Romântico e jardins da Casa Tait) lugares de permanente descoberta. Desde a história da criação do Palácio de Cristal e sucessivas transformações que tem sofrido, passando pelo espaço contemplativo e pleno em árvores autóctones que a Quinta da Macieirinha encerra, sem esquecer o legado botânico da família Tait, este percurso dedica-se a um riquíssimo reduto verde da cidade. Estes jardins históricos preservam várias árvores centenárias, algumas delas classificadas ou pertencentes a conjuntos arbóreos classificados como de Interesse Público, como o Tulipeiro da Casa Tait, que serão também pontos de reflexão contemplados do percurso.

 

“PERCURSO DA ÁGUA”
Início do percurso: Museu Romântico | Fim do percurso: R. D. Pedro V
Distância percorrida: 2,5 km

O elemento água constitui-se como uma presença constante no território compreendido pelo vale de Massarelos. Se por um lado o modela de forma espontânea, abrindo caminhos naturais, através do Rio Douro e do Ribeiro de Vilar, por outro é pretexto para transformações humanas do território materializadas por chafarizes, fontes, lagos, moinhos ou canais no topo dos muros. O percurso parte da cota alta e serpenteia por ruas estreitas até ao Rio Douro, subindo, por último, pela Rua dos Moinhos até à Rua D. Pedro V. Paralelamente à dimensão humana eminentemente prática associada ao aproveitamento da água, de que são exemplos os canais que a fazem chegar às fontes públicas nos jardins ou às servidões privadas para alimentar os campos de cultivo, ou mesmo aos desvios para servir azenhas, fábricas, e outros edifícios que foram condicionados pela sua relação próxima com este recurso, o elemento água transporta-nos igualmente para uma dimensão contemplativa intemporal.

 

“PERCURSO DA INDÚSTRIA”
Início do percurso: Entrada principal dos Jardins do Palácio de Cristal | Fim do percurso: Museu do Carro Elétrico
Distância percorrida: 3,5 km

Na paisagem de Massarelos avultam-se ainda vestígios de fábricas, de armazéns e oficinas, de linhas de caminhos-de-ferro e pontes, de bairros operários e ilhas, e umas tantas memórias de um tempo áureo, que teve no antigo edifício do Palácio de Cristal um notável exemplo. O Percurso da Indústria espraia-se neste singular território em forma de vale, por entre rios e ribeiros, mostrando a vivacidade de um tempo ido – o Porto do Romantismo – através de uma diversidade tipológica do edificado, por sua vez associada a diferentes produtos fabricados ou armazenados pela indústria ao longo do século XIX e início do século XX. Revelam-se marcas de um processo de industrialização que reorganizou a cidade, que a transformou económica e socialmente, repleta de personalidades emergentes, que nos ajudam a perscrutar um tempo e um espaço de puro romantismo portuense.

 

“PERCURSO PERSONALIDADE CARLOS ALBERTO”
Início do percurso: Praça Carlos Alberto| Fim do percurso: Museu Romântico
Distância percorrida: 2,5 km

Em abril de 1849 a cidade do Porto recebe Carlos Alberto – o rei exilado da Sardenha. De saúde muito fragilizada e muito desalentado pela derrota sofrida na Batalha de Novara, Carlos Alberto troca a coroa real pela vida singela e de recato, encontrando na cidade do Porto um refúgio para aqueles que viriam a ser os últimos três meses da sua vida. O percurso percorre lugares de memória da sua estadia no Porto, destacando as três moradas que escolhe como residência, as marcas da sua profunda religiosidade, as suas vivências quotidianas extremamente condicionadas pela doença e os seus companheiros de fim de jornada.

 

O Museu do Porto está ainda disponível para desenhar novos projetos e desenvolver diferentes abordagens respondendo a necessidades e interesses específicos dos grupos, nomeadamente num formato de trabalho articulado e partilhado com escolas e professores que nos contactem diretamente.

 

As atividades não estão cobertas por seguro de acidentes pessoais.

 

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