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«BRANDOS COSTUMES», de Alberto Seixas Santos

BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT

O ponto de partida de “Brandos Costumes” é simples, linear, objeCtivo: dizer um nome, evocar uma imagem e pô-los — nome e imagem — em cena: S-A-L-A-Z-A-R. (João Lopes, do seu texto sobre «Brandos Costumes», em Alberto Seixas Santos, Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, 2016) 

«Com argumento escrito a três mãos (as dele [Seixas Santos] e as dos poetas Luísa Neto Jorge e Nuno Júdice), Seixas Santos centrou-se numa história de uma família da pequena burguesia: Avó, que tinha no quarto os retratos da última família real e ainda chorava o louro príncipe assassinado em 1908; pai, jacobino anti-clerical, tão republicano nas ideias como autoritário e repressivo na vida familiar; mãe e filha mais velha, salazaristas (um discurso da mãe à criada sobre mendigos é texto de uma entrevista de Salazar); filha mais nova “revolucionária”, com retrato de Che e a busca do amor livre. O filme centra-se no tema da morte do pai em rima com a morte de Salazar, ilustrado por muitas imagens de “Jornais de Actualidades”, do seu enterro. As duas ordens e as duas mortes são indissociáveis, o que torna aquela família um microcosmos do país.» (João Bénard da Costa, excerto de “Alberto Seixas Santos”, texto bio-filmográfico, idem 

 

Ano: 1974
Duração: 72

 

Depois de atividade crítica e cineclubística, Alberto Seixas dos Santos (1936-2016) estudou no Institut d’Hautes Études Cinématographiques, Paris, e na London Scholl of Film, Londres (1962-63). Foi um dos fundadores do Centro Português de Cinema (1969). Em 1973, cria a primeira Escola Superior de Cinema em Portugal, tendo sido posteriormente presidente do Instituto Português de Cinema (1976-78). Realizou os seguintes filmes: Indústria cervejeira em Portugal: a nova fábrica da Sociedade Central de Cervejas e A arte e ofício de ourives (curtas-metragens documentais, ambas de 1967), Brandos Costumes (1974), As armas e o povo (realização coletiva, 1975), A lei da terra (realização coletiva, 1977), Gestos & Fragmentos (1982), Paraíso Perdido (1992), Mal (1999), A rapariga da mão morta (curta-metragem, 2005) e E o tempo passa (2010). Foi ainda argumentista e encenador. 

 

Maria João Madeira é licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa em 1992. Trabalha em programação de cinema na Cinemateca Portuguesa–Museu do Cinema, concentrando-se na organização de ciclos, produção de textos e edições. Tem publicado sobre cinema noutros contextos e mantido uma atividade regular de tradução, sobretudo de filmes. 

 

Moisés de Lemos Martins é Professor Catedrático da Universidade do Minho (jubilado) e da Universidade Lusófona. Na Universidade do Minho criou o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, em 2001, e o Museu Virtual da Lusofonia, em 2017. Atualmente, é Presidente da Associação Ibero-Americana de Investigadores em Comunicação. Tendo vasta publicação sobre sociedade e cultura, a sua primeira obra intitula-se O olho de Deus no discurso salazarista (Edições Afrontamento, Porto, 1990), tese de doutoramento apresentada na Universidade de Ciências Humanas de Estrasburgo, 1984. 

 

BILHETES

Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço.
Bilhetes disponíveis nos balcões do Museu e Bibliotecas do Porto, 48h antes da sessão. Limitado a 2 bilhetes/pessoa.

ENDEREÇO

Jardins do Palácio de Cristal
Rua de Dom Manuel II
4050-239 Porto

AUTOCARRO

1M, 200, 201, 207, 208, 302, 303, 501, 507, 601, ZM, 12M, 13M
Circular Massarelos – Carmo

ESTACIONAMENTO

Palácio de Cristal