#5 As 4 idades da Filosofia

Pretende-se com este curso expor, em termos rigorosos mas acessíveis a não-iniciados, as diferentes concepções fundamentais do pensamento características das 4 idades históricas da filosofia, da antiguidade ao presente. Trata-se, portanto, de sobrevoar a história da filosofia, tendo por perspectiva analítica as principais imagens aí suscitadas do próprio filosofar ou, por outras palavras, as principais respostas à questão axial; O que é pensar?

Sousa Dias nasceu em 1956. Professor no ICAFG (Porto). Publicou, entre outros livros, Lógica do acontecimento – introdução à filosofia de Deleuze, O que é poesia? (ensaios de teoria crítica), Grandeza de Marx – Por uma política do impossível, Žižek, Marx & Beckett — E a democracia por vir, O Riso de Mozart — Música, pintura, cinema, literatura, Pre-Apocalipse Now — Diálogo com Maria João Cantinho sobre política, estética e filosofia, Teologia da Carne — A pintura de António Gonçalves e Anti-Doxa — A filosofia na era da comunicação.

INSCRIÇÕES

Até 3 de novembro, valor de 7€ ou 3 € para utilizadores inscritos nas Bibliotecas Municipais do Porto. + info e inscrições aqui ou em bmp@cm-porto.pt

Resumo das Sessões

1.Filosofia Antiga — Nascimento da filosofia: porquê na Grécia no séc. V a.C.? Há um “milagre grego”? Do mito ao logos: os pré-socráticos, o naturalismo. Imanência vs. transcendência. Importância da matemática: o espírito egípcio e o espírito grego. Platão, os 2 mundos, a participação. Aristóteles. O pensamento como contemplação.

2. Filosofia Clássica (Séc. XVII) — Há propriamente uma «história da filosofia» (uma continuidade trans-histórica do filosófico)? Porque é que, em rigor, não há uma época medieval da filosofia. A revolução cartesiana. O cogito, a descoberta da subjectividade, os 2 sujeitos. O século do infinito: Malebranche, Pascal, Spinoza, Leibniz. O pensamento como index sui, função do Sujeito.

3. Filosofia Moderna — Kant, a “crítica da razão”, as 3 Críticas. Advento do espírito moderno. A emancipação do finito e o surgimento do Homem como figura do pensamento. O pensamento como reflexão. A imensa herança kantiana. O idealismo alemão até Hegel. Marx face a Kant e Hegel.

4. Filosofia Contemporânea — A imagem comunicacional do pensar. Doxa e anti-doxa, dialéctica das opiniões razoáveis e operação descomunicativa do pensamento. Ultrapassagem da metafísica, morte da filosofia, cultura pós-filosófica? O pensamento como abertura de possibilidades, criação infinita de sentido.