Com transmissão diária em horário noturno, convidamos mensalmente artistas sonoros a desenvolver composições generativas originais de longa duração.
Março—metamorfopsias, de Manuel Guimarães
Peça generativa composta com o software Max /MSP e utilizado software da Native Instruments, Eventide, INA-GRM e “field recordings” do autor.
Tendo como ponto de partida a Raga Harikauns, metamorfopsias é uma peça generativa que usa o software Max/MSP como maestro de uma orquestra imaginária. Fornecidos os vetores, este maestro cria com temperamento e é influenciado pela progressão do tempo. Ao longo da peça cria e desconstrói a partitura, manipula de forma aleatória e espontânea instrumentos virtuais, vozes e gravações de campo, com o fim de induzir ao ouvinte percepções distintas destes elementos.
Durante o mês de março transmitimos os 4 momentos que integram esta longa peça de Manuel Guimarães, totalizando 32 horas de composição contínua (8h x 4), e numa cadência de um novo momento todas as terças-feiras de madrugada.
Manuel Guimarães, Portugal, 1987, Psiquiatra. Ao lado da sua carreira médica, trabalha como produtor e músico. É autor das instalações áudio-visuais “Apropriação” e “Orgânica Degenerativa” ; dos projectos “Solitude” e “SHELTER”; assim como do longa duração “Bloom: synopsis of generative compositions”. Tem também colaborado com artistas visuais e performativos: realizou o desenho de som de “Palácio Temporário”, “The Foxes” e “the Hunting”,performances de Joana Alice Gonçalves; assim como de “Sombras do tempo” para a exposição de João Pedro Fonseca, “Depósito de uma natureza activa”, ou de “()3” de João Pedro Fonseca e João Cristovão Leitão. Colabora na organização do festival Zigurfest, no qual é curador do projecto “som e espaço”.