Com Maria Filomena Molder
2 MAI 2024 18:00–19:00
BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
Maria Filomena Molder não está certa de que o «inferno do novo», sobre o qual Baudelaire instruiu Benjamin, seja uma versão arcaica da chamada arte revolucionária. Aliás, naquela expressão, a palavra «novo» pede uma palavra oposta e só em relação a ela se pode compreender de que inferno se trata. Essa palavra é «antigo». Portanto, estamos no coração de uma temporalidade histórica. Ora, esse par de opostos já não faz parte do vocabulário existencial de ninguém a não ser como documento de antiquário. Em todo o caso, e tirando as consequências, Molder irá, nesta conferência, persistir na pergunta que lhe dá título, de modo a pôr à prova a sua ideia de que a expressão «arte revolucionária» pode servir vários finalismos sociológicos, políticos e históricos, mas não toca no enxame de obscuridades que as obras de arte costumam engendrar.
Maria Filomena Molder é Professora Catedrática Emérita de Estética da Universidade Nova de Lisboa e membro do Instituto de Filosofia da Linguagem (IFILNOVA). Foi Professora convidada na École des Hautes Études en Sciences Sociales (1995 e 2011) e membro do Conselho Científico do Collège International de Philosophie, Paris (2003-2009). Escreve sobre problemas de estética, enquanto problemas de conhecimento e de linguagem, para revistas de filosofia, de literatura e de arte, tendo recebido o prémio Jacinto do Prado Coelho, em 2021, pelo ensaio O Absoluto que pertence à Terra (Edições do Saguão, 2020). Das suas últimas publicações, destacam-se ainda Três Conferências I – Lança o teu Pão sobre as Águas (Edições do Saguão, 2021), Palavras Aladas. Conversas em torno do Desenho com Cristina Robalo (Documenta, 2022). Foi responsável pela edição de Fernando Gil. Paisagens dos Confins (Edições Vendaval, 2009), Morphology: Questions on Method and Language (Peter Lang, 2013) e do nº 68 da revista «Rue Descartes», Philosopher au Portugal Aujourd’hui (2010).
Tradução simultânea PT/EN e EN/PT
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço.
Bilhetes disponíveis nos balcões do Museu e Bibliotecas do Porto, 48h antes da sessão. Limitado a 2 bilhetes/pessoa.
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