Programação: Hugo Carvalhais
16 JUN 2024 18:00–19:30
RESERVATÓRIO
©Vitorino Coragem
Na 2.ª edição do Jazz no Reservatório, a abertura, 18 de maio, ficará a cargo do contrabaixista Carlos Bica, num encontro de gerações do jazz português, que juntará uma figura incontornável da nossa música improvisada e três jovens talentos a ter, sem dúvida, em linha de conta. O concerto será precedido de uma conversa, às 16H, sob o tema «Música improvisada e Inteligência Artificial», com moderação de Rui Miguel Abreu.
A estreia no festival de músicos ou projetos internacionais acontecerá com a presença dos ENEMY, no dia 19 de maio, que conta com o pianista Kit Downes, o baixista Petter Eldh e o baterista James Maddren. Kit Downes é artista ECM e premiado com, entre outros, o BBC e British Jazz Award.
Para encerrar o festival e com disco acabado de lançar em 2023, apresentar-se-á o trio de João Paulo Esteves da Silva: jazz e improvisação livre com o toque mágico de um dos nossos maiores pianistas e compositores. Com um vasto percurso que passou até por acompanhar artistas como Fausto e Sérgio Godinho entre muitos outros, muito daquilo que reconhecemos historicamente como sonoridade do jazz português são fruto da sua criatividade que fiou em registo histórico em discos seus como «O Exílio» ou «Fábula» de Maria João e Mário Laginha.
«A prática da composição instantânea» é, com certeza, aquilo que melhor caracteriza a performance do João Paulo Esteves da Silva Trio, constituído por João Paulo Esteves da Silva (Piano), Mário Franco (Contrabaixo) e Samuel Rohrer (bateria). O trio não se define pela alegria ou melancolia melódica ou pela busca pura de harmonia. A sua procura desenvolve-se na abertura à improvisação, entregando-se a uma música em permanente movimento num fluxo contínuo como o correr de um rio, que ora é um fio de água ora caudalosa torrente, dispensando intenções banais para as suas peças e composições. Combinam todas aquelas qualidades que costumam garantir o êxito deste formato de jazz mais clássico, com um pé na música de câmara: um entendimento intuitivo, a fluidez e transparência da comunicação entre os músicos, as suas ações e reações, sequências solísticas que prolongam a fluidez do som e a cultura e nobreza musical. A profundidade emotiva assume, sempre, maior importância que o virtuosismo.
Entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço
Parque da Pasteleira (Entrada Poente)
Rua de Gomes Eanes de Azurara, s/n
4150-362 Porto
GPS: 41.151579, -8.662588
Localização
200, 204, 207, 504
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