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Amoras das silvas (Rubus ulmifolius Schott), por A Recoletora
Está a chegar mais uma atividade no âmbito do programa cultural e pedagógico estabelecido pela colaboração entre o Museu do Porto e «A Recoletora». A oficina «Res~erva a erva em cons~erva», dedicada aos mais novos, decorre na tarde de sábado, 15 de julho, no Reservatório.
Guiados pela herbalista Fernanda Botelho, os participantes serão desafiados a aprender o nome das ervas e frutos silvestres da época, e diferentes formas de conservá-los, aproveitando a abundância que o verão nos traz.
Partindo da visita ao interior do antigo Reservatório de água da cidade, hoje um espaço do Museu do Porto, depósito dos vestígios do passado, vão descobrir-se algumas estratégias usadas pelos arqueólogos para preservar objetos e replicá-las com as plantas do Parque Urbano da Pasteleira.
Do passeio exploratório, com a lupa na mão, à recoleção; das impressões botânicas ao herbário coletivo; das tintas comestíveis para pintar às conservas agridoces para mais tarde provar… são vários os exercícios para fazer em conjunto.
A participação na atividade é gratuita, mas requer inscrição prévia através do formulário disponível aqui. A oficina «Res~erva a erva em cons~erva» terá uma nova sessão no dia 12 de agosto.
Esta será uma oficina ao ar livre e de experimentação, pelo que é aconselhado o uso de roupa velha, calçado confortável, chapéu e protetor solar. A inscrição inclui várias ofertas que os pequenos participantes poderão levar para casa.
Percurso especial
Na segunda quinzena de agosto, o Museu do Porto e «A Recoletora» traçam duas novas propostas: um percurso especial no quadro dos Caminhos do Romântico, a 19 de agosto, que levará os participantes a deambular pelos socalcos do Vale de Massarelos e observar a resiliência das espécies vegetais bravias que crescem nos muros, paredes, lavadouros, chafarizes ou nas fissuras das pedras do caminho.
A 26 de agosto, integrada na programação da Feira do Livro do Porto, a oficina «Herbário comestível» decorre nos jardins do Palácio de Cristal: “Vamos aprender a identificar a vegetação que se come e que nos cura e, sobretudo, vamos aprender a valorizá-la e a deixar de lhe chamar daninha!”
A colaboração prosseguirá em setembro, com a Deriva «Baldios urbanos: espaços de resistência e liberdade», nos dias 5 e 9 de setembro, numa descoberta do Monte da Ervilha, “um dos locais mais férteis em todo o concelho do Porto, à procura de plantas espontâneas comestíveis e medicinais, para comprovarmos que o baldio não está vazio nem é inculto”, promete «A Recoletora».
No final desse mês, decorre na Casa Marta Ortigão Sampaio a oficina de medicina herbal dedicado ao feminino «Cura: plantas, mulheres, saber e poder».
«A Recoletora» é um projeto colaborativo e itinerante, que junta botânicos, nutricionistas, chefs, artistas e designers, e tem como objetivo a recuperação das plantas silvestres comestíveis e a reabilitação da sua reputação, reimaginando-as e reintegrando-as nas nossas dietas e hábitos alimentares.