Por Paula Guerra
Com Adolfo Luxúria Canibal, Victor Torpedo e Manuel Molarinho
SEG 8, 15, 22, 29, 18H—20H (4 sessões)
8 JUL 2024 18:00–29 JUL 2024 20:00
BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
O curso captura a canção de protesto, mas nas suas modalidades contemporâneas – após a Revolução de Abril – fazendo estender o caudal e o espectro de influência da canção de protesto até aos nossos dias. A este curso está subjacente uma finalidade assente num princípio heurístico primordial: o de demonstrar de que forma as manifestações artísticas – neste caso, a música popular – constituem matéria e objeto de intervenção social, demarcando um espaço próprio, definido e específico na denúncia e revelação de problemáticas sociais e na contestação, protesto e revolta perante a realidade social. A primeira sessão incidirá sobre as potencialidades de reconstrução identitária da música de protesto na contemporaneidade. As subsequentes sessões incidirão cronologicamente nos anos 1980, 1990 e 2000.
PROGRAMA
SEG 8 JUL, 18H
Situando-se no pós-Revolução de Abril, Paula Guerra demonstrará como as canções de protesto — situadas na matriz plural da música popular e seus (sub)géneros — constituem matéria e objeto de intervenção social, demarcando um espaço distinto de denúncia, de posicionamento e de interpretação de problemáticas sociais, políticas e económicas que
impactam a realidade.
SEG 15 JUL, 18H
Paula Guerra e Adolfo Luxúria Canibal incidirão o seu olhar nos anos 1980, dando visibilidade à diversidade do caudal de produções artísticas ligadas ao pop rock que se patentearam no nosso país, dando particular atenção à relação entre a música popular e o texto escrito.
SEG 22 JUL, 18H
Adentramos nos anos 1990, com o protesto balizado entre o rock alternativo, o pós-rock, o punk hardcore e o pós-punk. Paula Guerra e Victor Torpedo vão refletir as canções de protesto no quadro de uma crescente comercialização discográfica e editorial, assim como, na oferta de eventos musicais mais massivos. Será feita uma paragem obrigatória no rap, no groove, na rapública, no hip hop.
SEG 29 JUL, 18H
Paula Guerra e Manuel Molarinho irão abordar diferentes formas e conteúdos sonoros do protesto a partir dos anos 2000 marcados pela mistura e pelo hibridismo. Os contextos de crise económico-financeira pós-2008 e pós-COVID têm sido catalisadores incessantes de protesto. A estes juntam-se desafios societais pontuados pelas alterações climáticas, as desigualdades de género, a precariedade, a xenofobia, o racismo e os populismos.
Entrada livre, sujeita à lotação do espaço, com abertura de portas 30 minutos antes da sessão.
Jardins do Palácio de Cristal
Rua de Dom Manuel II
4050-239 Porto
1M, 200, 201, 207, 208, 302, 303, 501, 507, 601, ZM, 12M, 13M
Circular Massarelos – Carmo
Palácio de Cristal