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As Jornadas Europeias do Património 2025 chegam ao Porto nos dias 20 e 21 de setembro, com um programa inteiramente dedicado ao património arquitetónico da cidade. Tendo como mote a relação entre o ser humano e o território, as iniciativas propõem um olhar atento sobre a forma como construímos, habitamos e transformamos o espaço urbano ao longo da história.
A evolução das cidades está intrinsecamente ligada às manifestações culturais e sociais de cada época. No Porto, a diversidade de volumetrias e a singularidade da topografia revelam um diálogo constante entre paisagem, arquitetura e vivência urbana.
Cada detalhe arquitetónico, do azulejo ao vitral, do estuque à grade, da claraboia à escadaria, constitui-se como memória e testemunho cultural, convidando à descoberta e à valorização da identidade coletiva.
O programa das Jornadas Europeias do Património 2025, que se estende ao longo de todo o fim de semana, inclui derivas pela cidade, visitas comentadas a edifícios e espaços emblemáticos, conversas com especialistas e oficinas para famílias.
Mais do que um calendário de atividades, esta edição procura reforçar a consciência sobre a importância de preservar o património arquitetónico como processo histórico de humanização do território, evidenciando as suas diversas dimensões, política, económica e estética, que marcaram a evolução urbana do Porto.
As Jornadas Europeias do Património são uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da Comissão Europeia, celebrada em diversos países, com o objetivo de aproximar os cidadãos da riqueza cultural que os rodeia.
Em 2025, a cidade do Porto convida todos a redescobrir a beleza dos seus espaços arquitetónicos e a refletir sobre a importância da preservação patrimonial como legado para o futuro.
Programa para toda a família
O programa tem início no sábado de manhã, às 10h30, com uma deriva ao longo da Muralha Fernandina, partindo da Rua dos Clérigos. No Arqueossítio, pelas 11 horas, segue-se uma oficina pensada para famílias, na qual o coletivo ARiSCA desafia os mais novos a imaginar o futuro da cidade a partir das suas ruínas.
Durante a tarde, terá lugar a deriva “A Reabilitação e Revitalização do Morro da Sé”, com partida da Avenida Vimara Peres, às 14h30, enquanto no Reservatório, decorre a conversa “Diálogos de Arquitetura e Arqueologia: o Hospital de D. Lopo de Almeida”, a partir das 16h30. O dia termina com a deriva noturna “No Morro da Sé — Circuito Noturno”, com início às 21h30, a partir do Arqueossítio
No domingo, as atividades começam às 11 horas, com uma visita comentada à Antiga Casa da Câmara, espaço central da memória do poder municipal, enquanto no Banco de Materiais, à mesma hora, decorre a oficina “Impressões no Museu”, no qual as famílias são convidadas a criar uma matriz coletiva a partir de diferentes elementos arquitetónicos.
À tarde, pelas 15 horas, a programação divide-se entre dois percursos em simultâneo, um dedicado a Arnaldo Gama e à ligação do escritor aos Guindais e a Santa Clara (ponto de encontro na Igreja do Convento de Santa Clara), o outro centrado no diálogo entre arquitetura e arqueologia, mostrando como vestígios históricos podem ser integrados em projetos contemporâneos de reabilitação (ponto de encontro no Arqueossítio).
Mais informação e inscrições a partir da página do Museu do Porto. A participação nas atividades previstas no programa é gratuita.