700 ANOS DA CASA DO INFANTE

Quando em 1325, João Anes Melacho inscreveu o seu nome no silhar, marcando para sempre a autoria do almazém régio destinado a Alfândega do Porto, que D. Afonso IV o havia mandado construir, não imaginava que 69 anos depois ficaria tão ligada ao nascimento do Infante D. Henrique e aos festejos do seu batismo.

Sete séculos depois da primeira pedra, a Casa do Infante celebra, neste ano de 2025, o edifício que ao longo do tempo albergou tantos serviços, usos e feitos, inaugurando em março, mês do nascimento do Infante, o programa das comemorações.

Sete serão também os momentos de celebração especial, que passarão pela música, a montagem de uma exposição temporária, um colóquio conversado, uma tertúlia, a publicação de uma brochura de divulgação geral, um concerto-palestra e ainda um conjunto de outras iniciativas integradas nos eventos regulares que ocorrem na Casa do Infante, como o ciclo «Resgate», oficinas infantojuvenis, entre outras.

CONVERSAS

JUN

COLÓQUIO — CASA DO INFANTE: SETE SÉCULOS DE VIVÊNCIAS

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Sete séculos depois, o Arquivo Histórico Municipal do Porto celebra o edifício onde se «acha», promovendo um encontro alargado para pensar a Casa e o modo de a habitar. Ao longo do dia, entre comunicações, conversas, um momento de poesia e outro musical, tentar-se-á refletir, de forma multifacetada, como a Casa do Infante é resultado da ação dos seus sucessivos ocupantes.

À semelhança do documento mais antigo guardado no Arquivo Municipal, um pergaminho musical do século XI-XII que «abdicou» da sua função primeira para encadernar um livro quinhentista, também esta casa tem sido capaz de se reinventar e acolher todos os que a têm escolhido para cumprir tão distintas funções.

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MÚSICA

MAR

CONCERTO INAUGURAL DAS COMEMORAÇÕES DOS 700 ANOS DA CASA DO INFANTE | SETE LÁGRIMAS — PROJECTO DIÁSPORA

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Sete Lágrimas - © Rita Santos 2023

Sete séculos depois da primeira pedra, a Casa do Infante celebra, este ano, o edifício que ao longo do tempo albergou tantos serviços, usos e feitos, inaugurando em março, mês do nascimento do Infante, o programa das comemorações.  Será um concerto de música antiga a lembrar o que abrilhantou a festa de 1394, registado no pergaminho coevo – registo das despesas que a cidade efetuou com os festejos do seu batizado – guardado no Arquivo Histórico Municipal do Porto, por coincidência ou por destino, também sediado neste espaço.

 

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JUL

700 ANOS DA CASA DO INFANTE — CONCERTO NO PÁTIO

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Pormenor da Casa do Infante, 2006. Fotografia de Luís Ferreira Alves

Numa exploração dos vibrantes cruzamentos entre a música europeia dos séculos XVI e XVII e a influência africana, direta e indireta, ouviremos vilancicos de negro, danças animadas e evocativas chaconas. Géneros que refletem a presença e o impacto das comunidades africanas na Europa renascentista e barroca, enquadrados por algumas das obras mais marcantes desses períodos.

O programa inclui o legado de Vicente Lusitano, considerado o primeiro compositor negro publicado na Europa, convidando o público a descobrir as raízes africanas e mouriscas, frequentemente, silenciadas ou esquecidas na tradição da música antiga europeia.

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EXPOSIÇÃO

JUN

MOSTRA DOCUMENTAL — NO CORAÇÃO DA CASA: UMA SALA

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Aspeto da antiga sala de leitura do Arquivo Histórico, década de 80 do século XX, atual Sala Memória. Acervo do Arquivo Histórico Municipal do Porto

No coração da Casa do Infante – a primeira sala de leitura – o Arquivo Histórico desvenda o «lugar» onde o conhecimento legado por gerações de portuenses continua a ser partilhado com investigadores, cidadãos e visitantes, que aí encontram a matéria-prima para as suas pesquisas, dúvidas e curiosidade.

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