Museu do Porto reabre este sábado o Arqueossítio

Este sábado, 9 de dezembro, o Museu e Bibliotecas do Porto reabrem o Arqueossítio, com uma nova museografia. São agora 10 os espaços museológicos que compõem a rede do Museu do Porto.

«Esta reabertura é um reencontro com uma cidade oculta, no coração do Porto antigo. O Arqueossítio é uma janela para rever e compreender o Porto mutante, histórico, feito de construções, destruições e reconstruções, da Antiguidade à Contemporaneidade», sublinha Jorge Sobrado, Diretor do Museu e Bibliotecas do Porto. O Arqueossítio será reaberto como espaço museológico este sábado, 9 de dezembro. O momento inaugural acontece às 16h com uma visita guiada pela equipa coordenadora do projeto.

É no Arqueossítio da Rua de D. Hugo 5 que se desvenda uma cidade oculta com narrativas singulares do permanente movimento de (re)construção, feito no cruzamento dos diferentes tempos da cidade. Localizado no morro da Penaventosa, junto à Sé – coração da cidade do Porto -, revela as diferentes camadas de uma história com mais de 2500 anos. Do diálogo entre a arquitetura e a arqueologia resultou, assim, uma autêntica janela do tempo, no qual os visitantes podem contemplar a continua (re)construção da cidade desde a Idade do Ferro até aos dias de hoje.

Em apenas três metros de profundidade detetaram-se vinte camadas arqueológicas, integrando ruínas arquitetónicas e espólios dos séculos V-IV a.C. até à atualidade. A intervenção arqueológica realizada no local em 1984-87 foi fundamental para o conhecimento da história da cidade ao identificar, pela primeira vez, vestígios do castro proto-histórico e da urbe romana (Cale) que lhe sucedeu, e dos períodos suevo-visigótico e altimedieval, quando Portucale foi elevado a diocese (fins do século VI). Destaque para a apresentação de um tramo da muralha românica do Porto que subsiste, ainda que de modo oculto, como um elemento estruturante da paisagem.

O Arqueossítio fica aberto entre terça e domingo, entre as 10h e as 17h30. A entrada é gratuita.