Nova 147
Este sábado, 25 de maio, o Museu e as Bibliotecas do Porto celebram as palavras e os sons da liberdade, com expressão nas canções de protesto. Na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, às 16h, inaugura a exposição “Revolu(som) — 10 anos KISMIF” e, às 18h, o Canto Nono apresenta à capela o disco de evocação a José Mário Branco, “A Força (o Poder) da Palavra”.
A exposição “Revolu(som) — 10 anos KISMIF” faz coincidir a celebração dos cinquenta anos de democracia e os dez anos do festival KISMIF — Keep it simple, make it fast. A exposição realça as suas últimas edições, o seu carácter intersecional e transdisciplinar que dá palco a culturas alternativas e práticas DIY (Do-it-Yourself).
Para o Gabinete Gráfico da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, as curadoras Rita Roque e Paula Guerra propõem uma instalação sonora e visual que reflete a ideia de revolução latente nas sociedades contemporâneas e as suas heranças encontradas na música, no cinema, no vídeo, na arte urbana, no teatro, nas artes performativas, na literatura, na rádio, na programação, na edição, no design gráfico, na ilustração, nos fanzines e na banda desenhada. “O desenho expositivo perpassa um código simbólico de formas que abrem em ramificações orgânicas criadas pelo artista, designer e músico Bráulio Amado para dar navegação a uma seleção de 25 bandas nacionais que marcam o protesto, a revolução e a liberdade na última década.”, sublinham as curadoras.
Na exposição patente até 28 de julho, são destacados projetos como A Garota Não, Batida, Bezegol, Buraka Som Sistema, Conferência Inferno, Dino d’Santiago, Fado Bicha, JP Simões, Luca Argel, Pega Monstro, Selma Uamusse, The Parkinsons, Três Tristes Tigres e Mão Morta.
No mesmo dia e no mesmo local, às 18h, o Canto Nono apresenta o disco “A Força (o Poder) da Palavra – Um Canto a José Mário Branco”. O espetáculo evoca José Mário Branco, personalidade marcante da música e da cultura portuguesa como compositor, arranjador, cantautor e produtor musical. O Canto Nono – um conjunto de oito vozes com o qual manteve uma cumplicidade e uma convivência artística de vinte anos – irá interpretar à capela parte da sua obra. A par do álbum vinil desenhado por Miguel Carneiro e Rui Silva, coproduzido com o Museu e as Bibliotecas do Porto, o espetáculo apresentará uma história feita de canções, de lutas, de valores, aprofundada com momentos de conversa com o músico José Peixoto e o encenador João Branco, numa moderação de João Carlos Callixto.
O Canto Nono é composto por Dalila Teixeira, Daniela Leite Castro, Diana Gonçalves, Fernando Pinheiro, Joana Castro, Jorge Barata, Lucas Lopes e Rui Rodrigues.
A entrada nas atividades é gratuita, sujeita à lotação do espaço.